Descrição
História: Foram descobertas grinaldas desta flor e vestígios da mesma em tecidos encontrados no túmulo do faraó Tutankhamon. Sabe-se, por isso mesmo, que a açafroa era conhecida e utilizada no antigo Egipto como importante planta tintureira, o que , aliás, tem vindo a suceder até aos dias de hoje. Actualmente é plantada na América do Sul e na Ásia para se extrair o óleo das suas sementes. Estas, além do sabor bastante amargo, têm a particularidade de ser muito apreciadas pelos papagaios. Excelente planta melífera, a açafroa atrai não só abelhas, mas também outros insectos indispensáveis no que diz respeito à preservação da biodiversidade.
Também conhecido como açafrão-bastardo, acanto-bastardo, cártamo, saflor e açafrol
Constituintes e Propriedades: É útil na prevenção da obstipação, da aterosclerose e de diversas doenças cardiovasculares e renais. Além disso, ajuda a baixar os níveis de colesterol, favorecendo a formação e reparação do tecido conecto. Na medicina tradicional chinesa, utilizam-na para estimular a circulação e aliviar tanto dores como nódoas negras, também é utilizada nos problemas ginecológicos (mais na gestação uterina), em problemas cardiovasculares (tromboses) e em problemas inflamatórios, tendo-se nos últimos anos publicado vários trabalhos de investigação que justificam, em parte o uso tradicional chinês. Na Índia , é procurada enquanto laxante e diaforético, dando que aumenta a transpiração e reduz a febre.
Utilização: Como corante, para dar cor aos queijos e às sobremesas, arroz, peixes, em sopa ou nos molhos, como o de salsa verde, e vão também com marisco cozido simples.
Infusão: 1colher de chá por 0.50 litro de água fervida e deixar repousar cerca 8 a 10 min. Beber 3 chávenas por dia. (Promovem a cicatrização das feridas e aliviam as dores menstruais).
Precauções: Não usar preparações à base de flores, durante a gravidez.
BOTELHO, Fernanda. “Uma mão cheia de plantas que curam”. Dinalivro, 2015
CUNHA, A. Proença da, RIBEIRO, Odete Rodrigues. “Especiarias e Plantas Condimentares, origens, composição e utilizações”. Fundação Calouste Gulbenkian, 2015