Descrição
História: Conhecida desde a pré-história, a agrimónia era bastante apreciada pelos gregos, que lhe deram o nome argemon. Esta palavra significa «mancha ocular» e alude, assim, ao facto de a planta ser usada para tratar problemas de vista, incluindo cataratas. Acredita-se que o nome «eupatória» lhe tenha sido atribuído na Antiguidade por Mitridates Eupator, rei de Ponto, na Anatólia, que a teria adoptado no século I a.C. devido às suas propriedades medicinais. Na Idade Média, era plantada nos jardins dos mosteiros e utilizada como tónico geral e para curar vários males, sobretudo do foro digestivo. Os índios da América do Norte usavam-na contra a febre e a malária.
Constituintes e Propriedades: Trata-se de um tónico do aparelho digestivo, devido à suave acção adstringente dos taninos, que fortifica as mucosas, melhorando a secreção e a absorção dos alimentos, ao mesmo tempo que ajuda o intestino a proteger-se das irritações e das infecções. Para combater as inflamações intestinais, é mais eficaz quando combinada com tanchagem (Plantago lanceolata) e a camomila (Anthemis nobilis). É útil em casos de úlceras pépticas, colites e diarreias, devendo tomar cerca de três chávenas por dia em forma de infusão.
Os constituintes amargos da agrimónia regulam a actividade do fígado e da vesícula biliar, sendo a planta usada para tratar pedras na vesícula e cirrose. Devido às suas propriedades diuréticas, é igualmente benéfica no combate ao reumático, à gota e ao excesso de acido úrico. Em gargarejos, ajuda a aliviar a rouquidão, bem como as inflamações da boca, das gengivas e da garganta. Em lavagens ginecológicas, reduz os corrimentos vaginais. Ainda em utilização externa, é útil no combate às inflamações da vista – conjuntivite – e a alguns problemas de pele, servindo para limpar feridas inflamadas e com prurido.
Precauções: Doses elevadas podem interferir com medicamentos anti hipertensores e anticoagulantes, devido à sua acção coagulante do sangue.
Infusão: 4 colheres de chá para 1 litro de água fervida e deixar repousar cerca 8 a 10 minutos.
Bibliografia: BOTELHO, Fernanda. “Uma mão cheia de plantas que curam”. Dinalivro, 2015