Descrição
História: O alcaçuz já é utilizado medicinalmente desde 500 a.c. e ainda aparece na farmacopeia oficial como uma “droga” para as úlceras do estômago. O G. glabra tem origem no Mediterrâneo e no Médio Oriente e já cultivado na Europa desde pelo menos o século XVI. Na China, é utilizado o G. uralensis ou gan caos; chama-se o “grande desintoxicante” e pensa-se que expulsa o veneno do sistema. Também é um importante tónico, sendo muitas vezes chamado “o avô das plantas”.
Constituintes e Propriedades: Anti-inflamatório, antiartrítico, tónico estimulante para o córtex supra-renal, baixa o nível de colesterol no sangue, acalma membranas mucosas gástricas, possivelmente antialérgico, refrescante e expectorante.
Empregado como veículo para o uso oral, tem demonstrado inibir o desenvolvimento de bactérias e a formação de placas nos dentes. Também demonstrou possuir uma actividade anti-inflamatória, antitussica e expectorante. Diminui as contrações intestinais, por isso é associado com purgativos drásticos. As suas indicações mais recentes compreendem no tratamento das úlceras gastrointestinais e na doença de Addison. A administração em ratos dos extratos de alcaçuz tem demonstrado uma elevação de enzimas hepáticas sugerindo um papel desintoxicante. Por via externa é usado em abcessos, estomatites e flebites. A actividade antitussíca foi demonstrada através da supressão da tosse induzida por estímulos eléctricos e químicos sobre o nervo laríngeo superior do gato, logo após a administração de glicirrizina. Além disso, a glicirrizina demonstrou desde há muito tempo potenciar a acção anti inflamatória da hidrocortisona em ratos.
Partes Utilizadas: A raiz de alcaçuz contém glicirrizina, 50 vezes mais doce que a sacarose, que estimula a produção de hormonas como a hidrocortisona. Isto ajuda a explicar a sua acção anti-inflamatória e também o seu papel na estimulação do córtex supra-renal depois da terapia com esteróides. A raiz pode ajudar a curar as úlceras gástricas e também é um poderoso expectorante.
Precauções: Não deve ser utilizado por pacientes com hipertensão arterial e diabéticos tipo II, insuficiência renal, hiperestrogenismo e neoplasias hormónio-dependentes. Não é indicado na gravidez devido à presença de substâncias estrogénicas. A sua administração concomitante com corticoides e ciclofosfamida pode aumentar a actividade dos mesmos. Pode interferir em tratamentos hormonais e terapias hipoglicemiantes. Não ultrapassar a toma de alcaçuz mais de 4 a 6 semanas.
Utilização/Infusão: 4 colheres de chá para 1 litro de água fervida e deixar repousar cerca 5 a 10 min. Deve beber 1 chávena em jejum e 1 após as refeições.
Bibliografia: ODY, Penelope. “O Guia Completo das Plantas Medicinais” Livraria Civilização Editora, Porto, 2000
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