Descrição
História: O seu nome vem do árabe al-fac-facah. A alfafa ou alfalfa foi provavelmente cultivada pela primeira vez na Ásia Central, tendo-se propagado há mais de dois mil anos até à China, país em que é conhecida por mu-su. Chegou à Grécia no século V a.C., levada por Dário, rei da Pérsia, quando este tentou conquistar Atenas. Já era mencionada por Plínio, o Velho como planta de grande interesse medicinal. Da Grécia terá viajado para o resto da Europa e de África.
Começou a cultivar-se mais intensivamente na Europa do século XVII, sendo muito apreciada pelos agricultores da época. Por volta de 1850, foi levada pelos colonos para os Estados Unidos, onde é ainda hoje uma das plantas mais utilizadas nas grandes pradarias, visto que, devido ao seu teor em proteínas, fornece um alimento muito rico aos animais, ao mesmo tempo que é benéfica para os solos.
Como espécie de interesse terapêutico, é usada há mais de 1500 anos na medicina tradicional chinesa para combater problemas digestivos e urinários.
A medicina ayurvédica serve-se das flores como digestivo e utiliza as sementes para tratar a artrite e a retenção de líquidos. Os Índios da América do Norte faziam compressas a partir das suas folhas para aliviar dores de ouvidos.
Constituintes e Propriedades: A alfafa é rica em clorofila, proteínas, magnésio, fósforo, potássio e outros minerais, bem como em vitaminas A, C, D, K e do grupo B. A alfafa contém dez vezes mais minerais e proteínas do que a média dos cereais, pois, ao penetrar profundamente no solo, consegue absorver substâncias inacessíveis às gramíneas.
O seu alto teor vitamínico faz dela um excelente remineralizante do organismo, muito útil em casos de convalescença e de anemia, dado que aumenta a vitalidade e o bem-estar físico e emocional. Graças à vitamina K, possui uma ação anti-hemorrágica. Eficaz como laxativo suave é também estrogênica, sendo recomendada no tratamento dos problemas associados à menopausa.
Útil contra a osteoporose ajuda a consolidar as fracturas e fortalece ossos e dentes. É igualmente benéfica no tratamento da artrite, da diabetes, das úlceras, dos abcessos, da sinusite e das infecções no nariz, ouvidos e garganta.
A maioria dos estudos sobre a alfafa incide na sua eficácia para baixar os níveis de colesterol. Pode tomar-se alfafa em infusões das folhas e das flores frescas ou secas. Existe também no mercado sob a forma de cápsulas e de extractos. Os germinados constituem um excelente suplemento alimentar e são muito fáceis de fazer em casa, embora se possam comprar frescos em lojas de produtos biológicos.
Precauções: Não se deve tomar em casos de doenças auto-imunes e de lúpus eritematoso ou em conjunto com medicação, estrogênica, hemostática ou anticoagulante.
Utilização/Infusão: 4 colheres de chá para 1 litro de água fervida e deixar repousar cerca 5 a 10 minutos.
Bibliografia: BOTELHO, Fernanda. “Uma mão cheia de plantas que curam”. Dinalivro, 2015