Descrição
História: Existem várias divergências sobre a origem da amora preta, Morus nigra L.. Na mitologia grega, a amora foi dedicada a Deusa Minerva, e o seu nome amora provém do latim do nome Morari, que significa demora. A amora preta (Morus nigra L.) é originária da China e da Índia, sendo distribuída pelas diversas regiões, é predominante em climas temperados (tropicais e subtropicais).
No século XVI, as bagas, casca e as folhas da amoreira negra eram todas utilizadas medicinalmente: as bagas para as inflamações e para as hemorragias; a casca para as dores de dentes; e as folhas para “as mordeduras das serpentes” e como antídoto para o envenenamento por acónito.
Constituintes e Propriedades: Possui uma grande quantidade de nutrientes e tem 22 vezes mais cálcio que o leite, além de potássio, magnésio, ferro, proteína, fibras, zinco e levedura. Melhora o funcionamento dos rins e do fígado, além de ajudar a diminuir a pressão arterial, a taxa de glicemia, combate a obesidade e auxilia na reprodução hormonal.
As propriedades terapêuticas da M. nigraL. são: anti-inflamatória, adstringente, antioxidante, cicatrizante, expectorante, emoliente, diurética e para outros fins como reposição hormonal. Chá das folhas de amoreira (Morus nigraL), por exemplo, é utilizado para aliviar sintomas do climatério, o que pode estar relacionado à presença de constituintes flavonoídicos, especialmenteas isoflavonas.
A planta tem sido usada na medicina popular como antidiabético, analgésico, diurético, antitussígeno, sedativo, ansiolítico, hipotensor e anti-inflamatório, para tratamento do colesterol alto, pressão alta, reposição hormonal da mulher, e para prevenir derrames. Também tem sido usada para tratamento de febre e do cancro.
A planta é usada como parte da medicina tradicional chinesa para o tratamento de artrite, diabetes e reumatismo, e também como anti-hipertensiva, antienvelhecimento e anti-inflamatória. Na Europa, as folhas desta espécie têm sido usadas para estimular a produção de insulina no tratamento da diabetes. O efeito hipoglicemiante das folhas é similar à actividade antidiabética da glibenclamida em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. A planta é usada para o tratamento de inflamação, coagulante do sangue, dor de dentes, e como antídoto para picadas de cobra. A planta é usada como antidiabético e diurético na medicina popular do Paquistão. Também é usada como laxante, antidiarreico, anti-inflamatório, antirreumático e antitussígeno.
Precauções: Nas literaturas consultadas não há relato de intoxicação. É contra indicado o seu uso nos casos de gastrite e de úlcera gastrintestinal.
Utilização/Infusão: 2 colheres de sopa num 1L de água fervida durante 8 a 13 minutos.
Bibliografia: ODY, Penelope. “O Guia Completo das Plantas Medicinais” Livraria Civilização Editora, Porto, 2000
http://repositorio.faema.edu.br/bitstream/123456789/597/1/COUTINHO%2C%20A.%20P.%20M.%20-%20%20AN%C3%81LISE%20F%C3%8DSICO-QU%C3%8DMICA%20DO%20FRUTO%20DA%20AMORA%20%28Morus%20nigra%20L.%29%20DO%20MUNIC%C3%8DPIO%20DE%20ARIQUEMES%2C%20ROND%C3%94NIA.pdf
http://www.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/11/Monografia-Morus-nigra.pdf
