Descrição
História: O seu nome foi dado em honra a Artémis, uma divindade feminina e casta Grega, que estava ligada à caça e à vida selvagem, sendo mais tarde também esta Deusa associada à lua e à magia, como também sendo a Deusa protectora das mulheres, no alívio dos seus partos e das mais jovens, na sua virgindade. Esta fabulosa planta de Artemísia começa desde muito cedo por aparecer citada pelas suas excelentes qualidades, desde os textos Egípcios em papiros com mais de 3600 anos, uma referência da planta aparece num provérbio Bíblico alusivo a uma parábola, em manuais de medicina clássica para tratamentos na Grécia Antiga, na Índia nos seus tratados de Medicina Ayurvédica, na Europa Medieval aprofundam-se também as suas riquezas e ela começa por fazer parte dos receituários ervanários e no extremo Oriente, como na China ou Japão, é largamente usada nas suas ancestrais medicinas tradicionais, principalmente sobre a forma de Moxa, na terapia de Moxabustão.
Desde a Antiguidade, que a planta de Artemísia tem vindo a ser também usada por clarividentes, pois segundo dizem, promove sonhos psíquicos, viagens astrais e visões do futuro (podendo para isso ela ser fumada, queimada, ou bebida numa infusão de chá).
Constituintes e Propriedades:
A planta estimula as secreções gastrointestinais por ser amargo. Também tem acção estrogénica. Possui actividade antibacteriana e antifúngica, devido principalmente ao óleo essencial. É também usada como aperitivo, digestivo, nas dispepsias hipossecretoras, flatulência, disquinesias hepatobiliares. Também como estimulante, nas astenias e psiconeuroses.
As Suas propriedades medicinais conhecidas são o efeito analgésico, antiespasmódico, anticonvulsivo, tônico, calmante, digestivo, vermífugo e regulador da menstruação. A artemisinina está a ser testada contra a malária.
Culinária: As folhas são usadas, mais nos países nórdicos, aromatização de sopas, peixes e carnes de aves (entra no recheio de ganso assado).
Precauções: Gravidas, lactantes, crianças pequenas, e em doentes com problemas neurológicos, como a epilepsia. Não deve ser consumida crua, pois é tóxica nesta condição.
Infusão: 4 colheres de chá para 1 litro de água fervida e deixar repousar cerca 8 a 10 minutos.
Bibliografia: CUNHA, A. Proença da, RIBEIRO, Odete Rodrigues. “Especiarias e Plantas Condimentares, origens, composição e utilizações”. Fundação Calouste Gulbenkian, 2015
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