Descrição
História: Originária das estepes desérticas do Turquestão, Afeganistão, Irão e Índia. Os primeiros registros indicam que foi Alexandre, o Grande, quem disseminou a assafétida para o oeste em 4 a.C. A assafétida foi usada como tempero na Roma antiga e, embora não seja originária da Índia, tem sido usada na medicina indiana e na culinária há séculos. Hoje, é usada principalmente no sul e no oeste da Índia, geralmente pela casta mercantil dos hindus e pelos seguidores do jainismo e do vaishnavismo, que não comem cebola ou alho.
O nome comum “asafetida” é derivado da palavra farsi aza, que significa resina, e a palavra latina foetidus, que significa um cheiro extremamente desagradável. Pensava-se que o forte cheiro sulfuroso da assafétida era ideal para acalmar a histeria, e nos dias do faroeste americano, foi incluída numa mistura com outras especiarias fortes para curar o alcoolismo. Apesar do seu odor forte e pungente é, ainda assim, também comumente usada como componente de fragrância em perfumes.
Curiosidade: A resina viscosa vem da seiva seca extraída do caule e raízes vivas e é macerada em álcool. As plantas perenes precisam ter pelo menos quatro anos de idade antes de estarem prontas para produzir a resina, que é difícil de ralar e é tradicionalmente esmagada entre pedras ou com um martelo. Hoje, a forma mais comumente disponível é a assa fétida combinada, um pó fino contendo 30% de resina assa fétida, juntamente com farinha de arroz e goma arábica.
Constituintes e Propriedades: Tem uma acção benéfica na digestão (estimula a secreção gástrica) é antisséptico (reduz a flatulência ao diminuir o crescimento da flora microbiana indígena do intestino) e espamolítica, sendo ainda fluidificadora das secreções brônquiais.
Utilização: Aromatizante de alimentos, entrado nos molhos de caril vegetarianos, como em todos os pratos de leguminosas. Nos pratos cozinhados proporciona um sabor suave, que lembra o do alho-porro. Uma pitada de pó adicionada a um prato de peixe realça o sabor do peixe.
Precauções: Não deve ser usado em grávidas
Bibliografia
CUNHA, A. Proença da, RIBEIRO, Odete Rodrigues. “Especiarias e Plantas Condimentares, origens, composição e utilizações”. Fundação Calouste Gulbenkian, 2015
https://mood.sapo.pt/beneficios-da-singular-assa-fetid