Descrição
História: Conhecida e utilizada pelos povos pré-históricos, a bardana foi também muito apreciada na Antiguidade, época em que era um remédio popular contra a gota, as febres, os cálculos renais e os problemas de pele. Usavam-na ainda para tratar outras doenças que, na altura, não teriam cura e eram atribuídas aos maus espíritos e ao diabo. Na Idade Média, misturavam-na ao vinho e davam-na aos leprosos como medicamento. Santa Hildegarda de Bingen recorria à bardana para combater problemas cancerosos. Diz-se igualmente que curou Henrique III de França de uma grave doença de pele. Esta planta faz parte da farmacopeia tradicional chinesa.
Constituintes e Propriedades: Embora se utilizem todas as partes da planta, é mais comum o uso da sua raiz. A bardana contém mucilagem, posissacáridos com insulina (45 a 60%), ácidos fenólicos, óleos voláteis, flavonoides e taninos. Muito desintoxicante e purificante do sangue, age profundamente a nível celular. É diurética, ajudando a eliminar as toxinas das células ao mesmo tempo que fortalece o sistema imunitário. Além disso, trata eficazmente inúmeros problemas de pele: acne, psoríase, eczemas e furúnculos. É antibiótica e anti bacteriana, sobretudo a raiz fresca aplicada sob a forma de cataplasmas, bem como hipoglicemiante, dado que reduz os níveis de açúcar no sangue. As folhas frescas, esmagadas e em cataplasmas, são benéficas no combate às queimaduras e às picadas de insetos ou de aranhas, acelerando ainda o processo de cicatrização das feridas. As sementes, em decocção, eliminam as toxinas em casos de febre, de papeira, de sarampo ou de artrite. Como desintoxicante, a bardana é particularmente eficaz quando misturada com dente-de-leão (Taraxacum offinale).
Preocupações: Deve evitar-se o seu uso da bardana durante a gravidez, porque poderá ser um estimulante uterino. Devido ao seu efeito diurético, não deve ser também tomada se existirem cardiopatias ou em casos de hipertensão.
Utilização/Infusão: 4 colheres de chá para 1 litro de água fervida e deixar repousar cerca 5 a 10 minutos.
Bibliografia: BOTELHO, Fernanda. “Uma mão cheia de plantas que curam”. Dinalivro, 2015
