Cipreste (Gálbulas)

2.009.20

Origem: Portugal

Nome Científico: Cupressus sempervirens

Características: O chá é utilizado para a ansiedade, insónia, asma, bronquites, caibras, cólicas menstruais, diarreia, febre, gripes, laringite, tosse, hemorragias, hemorróidas, varizes e é hipotensor.

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Descrição

História: O seu nome vem do personagem grego Ciparisso, em latim “Cupressus” que significa “Cipreste”, aquele que não pôde conseguir consolação após acidentalmente matar seu próprio cervo.  Em sua mitologia, este personagem teria chorado e pedido a Apolo para que suas lágrimas caíssem eternamente pelo seu arrependimento e tristeza, transformando esse pobre rapaz em um cipreste, cuja seiva forma gotas semelhantes a lágrimas no tronco. 

Devido a sua carga simbólica de “eternidade”, era com a madeira de cipreste que se faziam os caixões dos guerreiros gregos mortos pela Pátria. No Egito, sua madeira aromática já era utilizada para a construção de sarcófagos, pois era considerado imune à putrefação.  Na Idade Média, era usado para fazer arcas. Além disso, constatou-se que esta árvore pode viver mais de um milênio, existindo hoje, árvores destas com mais de 1.000 anos! Por isso tudo, surgiu uma tradição da presença do cipreste para ornamentar enterros e paisagens de cemitérios, como um símbolo de conforto e consolo para a vida após a morte.

Vincent Van Gogh (1853-1890), pintor holandês famoso em seu pós-morte, em suas obras expressou o Cipreste, como sendo uma planta que o encantava e admirava.  Dizia que era preciso se enraizar na terra se quiséssemos crescer, pois só plantando, se germinaria. No auge de sua doença mental, quando se encontrava internado no sanatório de Saint-Rèmy no ano de 1889, um ano antes de sua morte, pode realizar pinturas muito interessantes, como esta conhecida por “Os ciprestes”, já que lhe haviam disponibilizado um quarto com vista para uma paisagem de oliveiras e ciprestes, de onde podia pintar.

Constituintes e Propriedades: Os gálbulos são usados nas insuficiências venosas (varizes e tromboflebites), pernas pesadas, derrames nas pernas, úlceras varicosas e na sintomatologia hemorroidal; como expectorante, nas bronquites. Além disso, também pode ser usado como auxiliar no tratamento da incontinência urinária diurna ou noturna, problemas de próstata, colite, diarreia, gripes e constipações, porque ajuda a baixar a febre, tem acção expectorante, antitússica, antioxidante e antimicrobiana.

O chá é utilizado para a ansiedade, insónia, asma, bronquites, caibras, cólicas menstruais, diarreia, febre, gripes, laringite, tosse, hemorragias, hemorróidas, varizes e é hipotensor.

Precauções: Os gálbulos são de baixa toxidade, não presentando contraindicações dependendo de cada organismo e tomada quando for necessário não mais que 3 dias. 

Infusão: 4 colheres de chá para 1 litro de água fervida e deixar repousar cerca 10 a 12 minutos, beber 3 a 4 vezes por dia.

Bibliografia: SALGUEIRO, José. “Ervas, Usos e Saberes, plantas medicinais no Alentejo e outros produtos naturais”. 6.ª edição, Edições Colibri, Lisboa, 2018

CUNHA, A. Proença da, RIBEIRO, José Alves, e ROQUE, Odete Rodrigues. “Plantas Aromáticas em Portugal, Caracterização e Utilizações”. 3.ª edição, Fundação Calouste Gulbenkian, 2014

http://medicinaraizeira.blogspot.com/2013/12/cipreste-como-simbolo-ancestral-de.html

Informação adicional

Peso N/A