Dente de Leão (Planta)

2.209.70

Origem: Portugal

Nome Científico: Taraxacum officinalis

Características: É rico em cálcio, ferro, magnésio, potássio sílica e vitaminas (A, B e C). É alcalinizam-te, anódino, anti anémico, anti colesterol, antidiarreica, anti-inflamatório, bactericida, febrífuga, fortificante dos nervos, hepático, problemas do fígado e sudorífica.

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Descrição

História: O dente-de-leão era já conhecido por Rasis e por Avicena, médicos árabes medievais (séculos X e XI), que o consideravam uma das plantas mais importantes no que toca à estimulação do fígado. Era também mencionado em quase todos os tratados médicos da Idade Média devido às suas propriedades diuréticas.

Além disso, recomendavam-no frequentemente no tratamento da gota, porque o dente-de-leão pode ser utilizado durante longos períodos e não se lhe conheciam – nem se lhe conhecem – efeitos secundários. Após a época medieval, o taráxaco caiu um pouco no esquecimento, tendo sido reabilitado no início do século XX. De facto, o reconhecimento das suas propriedades foi tão universal, que todas as práticas terapêuticas em que é usado se passaram a chamar “taraxoterapia”.

Paisagem, o solo, a estação, o clima ou a altitude, produzem-se inúmeras variantes da forma básica do dente-de-leão.

Constituintes e  Propriedades: Além de possuir taraxacina, responsável pelo seu sabor amargo, o dente-de-leão contém taninos, ácidos fenólicos, resina, inulina, cumarinas, inositol, carotenóides, açúcar, glicósidos, cálcio, ferro, magnésio, bastante potássio, sílica e ainda as vitaminas A, B e C. Na raiz, encontram-se também fibras solúveis.

Depois dos excessos da época natalícia, trata-se de uma planta particularmente eficaz no processo de desintoxicação do fígado e de regeneração do organismo.

As folhas verdes e tenras do dente-de-leão constituem uma boa fonte de betacaroteno, a vitamina A existente nos frutos amarelos e nos vegetais verdes. Segundo a American Cancer Society, uma dieta rica nestes alimentos poderá diminuir o risco de alguns tipos de cancro. A vitamina A tem a propriedade adicional de proteger os olhos. Igualmente fonte de cálcio, de ferro e de vitamina C, as folhas reforçam o esmalte dos dentes, são um potente diurético e, ao contrário de inúmeros diuréticos convencionais, não provocam a perda de potássio, uma vez que apresentam um alto teor desse mineral: cerca de 5%. Por ser um excelente diurético, o taráxaco reduz o volume de líquidos no organismo, sendo utilizado no tratamento do reumatismo, da gota, da arteriosclerose e da hipertensão. As suas infusões estimulam o fluxo da bílis, evitam a formação de cálculos e auxiliam a digestão, sobretudo das gorduras, constituindo um remédio suave contra a flatulência ou o mau funcionamento da vesícula biliar. A par de purificar o sangue e os tecidos, o dente-de-leão combate eficazmente as doenças de pele, as erupções cutâneas e as varizes, podendo ser consumido internamente sob a forma de tisana ou usado externamente em lavagens. A seiva leitosa dos pedúnculos serve para  tratar as verrugas, ao passo que a raiz é um desintoxicante eficiente do fígado e da vesícula, promovendo a eliminação dos resíduos e estimulando os rins no que toca à expulsão das toxinas através da urina. No que diz respeito às toxinas resultantes de infeções ou da poluição, o dente-de-leão estimula também a sua eliminação regular, tendo ainda uma ação ligeiramente laxante. Se tiver tendência para problemas de fígado, de vesícula, de reumatismo, de anemia ou de diabetes, irá obter bons resultados com um tratamento sazonal de quatro a seis semanas à base de um extrato desta planta. Quando associado às urtigas e ao agrião, o dente-de-leão compõe um excelente tónico de limpeza, recomendado em casos de anemia e de intoxicação do sangue.

Cosmética: Uma infusão de folhas de dente-de-leão constitui uma excelente loção de limpeza para as peles com tendência para acne e para a acumulação de impurezas.

Curiosidades: O dente-de-leão é também chamado relógio-do-pastor, dado que as suas flores abrem às cinco da madrugada e fecham ao fim do dia. Por outro lado, as sementes, em forma de bolas felpudas, servem de barómetro: se voarem sem haver vento, é sinal de que vai chover.

Precauções: Não deve usar durante a gravidez e na amamentação, em caso de obstrução biliar ou úlceras estomacais e é contraindicado para pessoas que tenham psoríase, pois contém inulina e crianças com menos de 7 anos.

Utilização/Infusão: 2 colheres de sopa num 1L de água fervida durante 5 a 10 minutos.

Bibliografia: BOTELHO, Fernanda. “Uma mão cheia de plantas que curam”. Dinalivro, 2015

Informação adicional

Peso N/A