Descrição
História: O termo “equinácea” deriva do grego que significa ouriço caixeiro, devido ao aspecto do cone central da flor. Os Ameríndios utilizavam a equinácea para tratar as mordeduras de cobra, a febre e feridas velhas e teimosas. Os primeiros colonos depressa adoptaram a planta como remédio caseiro para as constipações e gripes e tornou-se popular entre os Ecléticos do século XIX. Nos últimos 50 anos, a equinácea adquiriu fama mundial pelas suas propriedades antivirulentas, antifúngicas e antibacterianas e também tem sido utilizada no tratamento da SIDA.
Constituintes e propriedades: Antibiótico, estimulante imunitário, anti alérgico, tónico linfático. Anti-inflamatório, antioxidante, antibiótico, imune estimulante (produção de anticorpos e glóbulos brancos no sangue), anti-alérgico e combate gripes e constipações.
A Echinacea purpurea actua modulando o sistema imunológico humano, potencializando os sistemas de defesa a fim de combater o processo infeccioso causado pelo vírus e bactérias. O seu uso também é eficaz na modulação da produção de citocinas inflamatórias, resultando no alívio dos principais sintomas causados por patógenos.
O uso da Echinacea purpurea nas doses recomendadas foi eficaz no controle da propagação de diferentes estirpes do vírus influenza, incluindo as estirpes sazonais e as estirpes aviarias altamente patogénicas, bem como, a estirpe pandémica da gripe suína. Além dos efeitos benéficos sobre a estirpe pandémica da gripe suína (HUDSON, 2010). A Echinacea purpurea demonstrou auxiliar no processo de recuperação contra vírus pertencentes ao grupo dos Coronavírus. Através de estudo in vitro o uso do extracto da equinácea sobre células respiratórias infectadas pelo Coronavírus HCoV-229E demonstrou uma considerável protecção, assim como, demonstrou um efeito benéfico sobre os vírus mais patogénicos, como o SARS-CoVs e MERS-CoVs (SIGNER et al., 2020). Além do efeito sobre vírus, equinácea também foi responsável pela inactivação de bactérias que atingem o trato respiratório, causando infecções pulmonares graves, dor de garganta, otites, bronquites e pneumonias, como o Streptococcus pyogenes, Haemophilus influenzaee Legionella pneumophila, revertendo completamente as suas respostas pró-inflamatórias celulares (HUDSON, 2010). A Echinacea purpurea é um produto ideal na modulação do sistema imunológico, actuando em diferentes vírus e bactérias que atingem o trato respiratório. O seu uso resulta no controle do processo infeccioso e no alívio sintomático, garantindo a melhor qualidade de vida.
A actividade antioxidante dos Homens e mulheres estão sujeitos à processos metabólicos e a factores externos, como radiação solar, excesso de consumo de álcool, tabagismo, poluição, etc. Todos esses factores são responsáveis por ocasionar a produção de radicais livres. Radicais livres são átomos ou moléculas responsáveis por desencadear a degradação celular, causando diversos malefícios à saúde humana. Assim, para evitar a produção de radicais livres o organismo humano produz enzimas antioxidantes, às quais neutralizam esses átomos e moléculas. Contudo, a sua produção excessiva é responsável por causar o estreasse oxidativo, ou seja o nosso corpo não consegue produzir enzimas antioxidantes o suficiente para ocorrer a neutralização completa dos radicais livres (BARBOSA et al., 2010). Dessa forma, a Echinacea purpurea é a espécie ideal para garantir o complemento antioxidante e a protecção contra o estreasse oxidativo, sobretudo pela produção exacerbada de radicais livres no processo infeccioso.
Partes Utilizadas: Raiz – Geralmente utilizada em tinturas ou pós para quase todo o tipo de infecções ou inflamações; pode ser muito útil nas infecções renais renitentes, bem como no catarro, constipações e infecções respiratórias.
Precauções: Está contra-indicado em pacientes portadores de doenças cronicas como tuberculose, leucose, colagenose, esclerose múltipla, pacientes com vírus HIV positivo, e pacientes em tratamento com imunossupressores. Doses elevadas podem provocar ocasionalmente enjoo e tonturas. As reacções alérgicas à equinácea são possíveis mas extremamente raras.
Infusão: 4 colheres de chá para 1 litro de água fervida e deixar repousar cerca 8 a 10 min.
Bibliografia: ODY, Penelope. “O Guia Completo das Plantas Medicinais” Livraria Civilização Editora, Porto, 2000
http://florien.com.br/wp-content/uploads/2016/06/EQUINACEA-PURPUREA.pdf
https://www.ppmac.org/content/equin%C3%A1cea