Descrição
Hisória: O gengibre é uma planta asiática, originária da Ilha de Java, da Índia e da China, de onde se difundiu pelas regiões tropicais do mundo. Já no Século I a. C., Roma fazia uso quase que obrigatório do gengibre para temperar os molhos de carnes e frangos. É conhecido na Europa desde os tempos muito remotos, para onde foi levado por meio das Cruzadas. No Brasil, o gengibre chegou menos de um século após o descobrimento. Naturalistas que visitavam o país (colônia, naquela época) achavam que se tratava de uma planta nativa, pois era comum encontrá-la em estado silvestre.
Originário da Ásia tropical, em especial da região entre a Índia e a China, prefere terrenos argilosos e bem drenados até uma altitude de 1500m. Actualmente é cultivada na Índia, Extremo Oriente e zonas tropicais da Jamaica, Indonésia, Nigéria, Serra Leoa e Austrália.
Constituintes e Propriedades: É um Antioxidante, anti-inflamatória, antibacteriana e antifúngica na medida em que ajuda na rutura da membrana citoplasmática destes microrganismos, antidiabética, associado ao efeito hipoglimeciante e de aumento da sensibilidade à insulina, anti-helmíntica, associada à capacidade antioxidante, afetando os trofozoítos, Anticancerígena, comprovada por diversos estudos clínicos em diversos tipos de cancro, antiemética na medida em que actua no trato gastrointestinal perifericamente, aumentando o tónus e a motilidade gástrica, e ainda o esvaziamento gástrico, através da sua acção anticolinérgica e antiserotoninérgica, acção de combate à obesidade pela modificação da expressão enzimática nosmarcadores de metabolismo lipídico e redução dos lípidos plasmáticos e teciduaisentre outras influências e Hepatoprotetora na medida em que ajuda na recuperação dos danos hepáticos, actua a nível bioquímico e histopatológico.
O gengibre pode ser usado na profilaxia de náuseas e de vómitos da cinetose (enjoo de viagem), da gravidez, da quimioterapia e como antiemético pós-cirurgia. A Comissão E Alemã aprova o seu emprego na dispepsia e na prevenção dos sintomas gastrointestinais e da cinetose. É útil em problemas de microcirculação, pelo que tem sido usado no tratamento de frieiras.
Cozimento ou infusão: 0,5 a 2g por chávena, 3 vezes por dia.
Culinária: O gengibre possui sabor doce e ligeiramente picante e pode ser usado tanto em pratos salgados (sopas de alho, carnes e peixes) como nos doces (bolos, biscoitos e chocolates) e em diversas formas: fresco, seco, em conserva ou cristalizado. O que não é recomendado é substituir um pelo outro nas receitas, pois seus sabores são muito distintos: o gengibre seco é mais aromático e tem sabor mais suave. Emprega-se, ainda, como aromatizante de licores, de aperitivos (ginger ale e do ginger beer) ou de bebidas refrescantes. Na comida japonesa, o gengibre entra na preparação do sushi. Nos Estados Unidos e no Reino Unido emprega-se para fazer os tradicionais bonecos de gengibre no Natal.
Precauções: Os efeitos adversos são pouco frequentes. Devido à possibilidade de o gengibre poder afetar a atividade fibrinolítica não deve ser usado em pacientes a tomar anticoagulantes.
Bibliografia
BOTELHO, Fernanda. “Uma mão cheia de plantas que curam”. Dinalivro, 2015
https://cozinhajaponesa.com.br/gengibre-historia-beneficios-na-saude-e-uso-na-culinaria.
https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/20249/1/Medeiros_Raquel_de_Oliveira_Neves_Bettencourt_de.pdf
