Descrição
História: Julga-se que, na Grécia e Palestina, tenha existido alguma variedade de hissopo. Só assim se explicam as referências à planta nas Sagradas Escrituras e o facto de ser bastante recomendada e inclusivamente venerada pelos médicos da Antiguidade. No século I d.C., por exemplo, Dioscórides apresenta o Hyssopus officinalis como uma panaceia para quase todos os males. Mais tarde, na Idade Média, em virtude da sua forte ação microbiana, foi utilizado durante a peste negra para desinfetar os hospitais e as casas dos doentes. Hoje em dia, parece ter caído um pouco em desuso, mas continua a ser uma das ervas amargas usadas pelos judeus nas suas cerimónias.
Constituintes e Propriedades: Além de hissopina, flavonoides, taninos e resinas, o hissopo contém terpenos, nomeadamente a marubina, e óleo volátil, que inclui cânfora e beta-pineno.
Ao hissopo são-lhe atribuídas acções digestivas, antissépticas, expectorante, espasmódico, é usado na asma, bronquites, dispepsia hipossecretora, flatulência e para facilitar a digestão.
Sob a forma de infusão, é eficaz no tratamento de numerosas patologias do aparelho respiratório (tosse, constipações, gripe, bronquite, sinusite ou asma), devido à sua ação profundamente expectorante, descongestionante e diaforética. Excelente digestivo, previne e cura a flatulência e a prisão de ventre, podendo também aumentar o apetite. Enquanto tónico do sistema nervoso, alivia a ansiedade e a depressão. Para além disso, fortalece o sistema imunitário e combate vírus e infecções. Em inalações, é benéfico contra a febre dos fenos e, em gargarejos, ajuda a tratar dores de garganta, gengivite e amigdalites. O hissopo serve igualmente para aromatizar e desinfestar ambientes. Pode ainda atenuar dores reumáticas e musculares, bem como desinfestar e cicatrizar feridas. Para estes dois fins, deve usá-lo sob a forma de compressas, dissolvendo o seu óleo essencial em água ou em óleo vegetal.
Precauções: O hissopo não é recomendado a grávidas nem a quem sofra de epilepsia, não devendo o seu óleo essencial ser aplicado directamente sobre a pele.
Utilização/Infusão: 4 colheres de chá para 1 litro de água fervida e deixar repousar cerca 5 a 10 minutos.
Bibliografia: BOTELHO, Fernanda. “Uma mão cheia de plantas que curam”. Dinalivro, 2015
CUNHA, A. Proença da, RIBEIRO, Odete Rodrigues. “Especiarias e Plantas Condimentares, origens, composição e utilizações”. Fundação Calouste Gulbenkian, 2015