Malva (Folha)

2.4011.00

Origem: Bulgária

Nome Científico: Malva sylvestris L.

Características: Rico em vitaminas (A, B1, B2 e C). Utilizada para tratar úlceras gástricas e do duodeno, gastrites e colites. Combate a tosse, catarro, faringite, laringite e bronquite e quando desidratado após longas caminhadas.

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Descrição

História: Nativas da Europa e da Ásia ocidental, as malvas são provavelmente uma das plantas mais utilizadas em Portugal. Eram já conhecidas no século VIII a.C. e usadas tanto na culinária como para fins terapêuticos. Os gregos e os romanos apreciavam-nas muito. Os pitagóricos, por exemplo, consideravam a malva uma planta sagrada, capaz de libertar o espírito da escravatura das paixões. Era também recomendada por alguns médicos gregos para aliviar e tratar picadas de insectos. Os romanos, por seu lado, recorriam à malva para curar as ressacas depois das orgias. Plínio, o Velho, historiador e investigador romano que morreu durante a erupção do Vesúvio, aconselha uma poção à base de suco de malva para evitar indisposições durante todo o dia. Na Idade Média, tanto a alteia (Althaea officinalis) como a malva eram cultivadas nos jardins dos mosteiros.

Constituintes e  Propriedades: Às malvas são extremamente ricas em mucilagem, sobretudo na raiz, o que lhes confere grande parte dos méritos terapêuticos, nomeadamente a sua acção emoliente e suavizante dos tecidos. Contêm também antocianinas, óleos essenciais, alguns taninos, flavonoides, glicósidos e as vitaminas A, B1, B2 e C.

Desde a Antiguidade, são frequentemente utilizadas para tratar úlceras gástricas e do duodeno, gastrites, colites e outros problemas do foro digestivo, em especial aqueles que envolvam inflamação e irritação. Devido a uma forte ação expectorante e emoliente, aconselha-se ainda o seu uso no combate à tosse, catarro, faringite, laringite e bronquite. Aliás, sempre que seja necessário acalmar o aparelho digestivo, urinário ou respiratório, as malvas ou a alteia constituem uma óptima solução em virtude do seu poder demulcente.

Além disso, as malvas são úteis no tratamento de infecções urinárias e ginecológicas, seja sob a forma de lavagens ou de infusões. Neste último caso, possuem também uma ação suavemente laxante. Em cataplasmas, são ideais para extrair furúnculos abcessos, estilhaços ou outras impurezas da pele. Na realidade, são capazes de curar quase todo o tipo de inflamações cutâneas, dado que constituem um excelente anti-inflamatório. Por isso mesmo, sob a forma de gargarejos, revelam-se muito eficazes contra as inflamações da boca e das gengivas. Em clisteres, além de limparem os intestinos, revestem-no de uma camada protectora de mucilagem. Para contrariar os efeitos da desidratação após uma longa caminhada, experimente tomar uma tisana de malvas.

A alteia, por seu lado, é bastante utilizada no fabrico de xaropes e de rebuçados contra a tosse. O pó obtido a partir da sua raiz serve para confeccionar marshmallows, uma espécie de goma branca ou cor de rosa, especialmente apreciada pelos ingleses e pelos norte-americanos.  

Culinária: As folhas das malvas podem ser utilizadas e cozinhadas em sopas e em saladas, tal como se faz com o espinafre, as acelgas ou as couves. São particularmente nutritivas para as mulheres em fase de amamentação, porque estimulam a produção do leite. Além disso, sob a forma de compressas, servem para tratar os mamilos gretados.

A partir das folhas e também a partir das flores, é possível preparar uma tisana extremamente agradável e refrescante. Durante a época da floração, ou seja, na primavera e no verão, pode ainda utilizar as flores na decoração de diversos pratos, dado que elas são comestíveis. Cozidas e depois fritas com alho ou cebola, as raízes constituem um bom acompanhamento de arroz, de carne ou de peixe, ao passo que as sementes apresentam um delicado sabor a nozes.

Cosmética: Use as malvas ou a alteia para extrair borbulhas, procedendo da seguinte forma: junte a raiz das malvas ou alteia em pó a qualquer creme de pele neutro. Deixe que esta máscara atue durante doze a vinte minutos. Depois, lave com água morna. Verá como a sua pele ficará limpa, sedosa e elástica.

Utilização/Infusão: 4 colheres de chá para 1 litro de água fervida e deixar repousar cerca 5 a 10 min.

Bibliografia: BOTELHO, Fernanda. “Uma mão cheia de plantas que curam”. Dinalivro, 2015

Informação adicional

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