Descrição
História: Os povos pré-históricos já recorriam aos cinórrodo (fruto da rosa), porque foram encontrados vestígios deste fruto em sítios arqueológicos da época. Seja pela sua aparência e fragrância ou pelo grande valor medicinal, as rosas começaram a ser cultivadas na Antiguidade por civilizações tão distintas, como a grega, a romana, a egípcia ou a persa. Eram, por exemplo, o ingrediente básico nos tratamentos de beleza de Cleópatra e a sua utilidade terapêutica foi cantada pelo poeta grego Anacreonte. Por seu lado, o médico e botânico romano Plínio, o Velho, enumerou trinta patologias passiveis de ser combatidas com remédios obtidos a partir das rosas. Ainda na Roma antiga, durante as Rosálias, festividades associadas a Baco ou a Dionísio, colocavam-se rosas nos túmulos com o objectivo de assim se apaziguarem os espíritos dos mortos.
Entre os séculos I e II, o filósofo e médico persa Avicena inventou a água de rosas, preparado que era por ele prescrito para refrescar o espírito, fortalecer o coração a aliviara as inflamações oculares.
Constituintes e Propriedades: Depurativo, rico em vitamina A, B, C, E e K, antioxidante. Reduz as cólicas menstruais e um excelente anti stress. Antidepressivo, anti espasmódico, afrodisíaco, sedativo, estimulante digestivo, aumenta a produção biliar, expectorante, anti-bacteriano, antivirulento, antisséptico, tónico renal, tónico sanguíneo e anti-inflamatório.
Os chineses utilizam as flores (mei gui hua) como estimulante da qi (energia) e tónico sanguíneo para aliar as energias hepáticas estagnadas. São utilizadas para as irregularidades digestivas ou com matricária para a dismenorreia.
Infusão: 3 a 4 flores por chávena, verter água a ferver, tempo de infusão de 5 – 10 minutos.
Bibliografia: BOTELHO, Fernanda. “Uma mão cheia de plantas que curam”. Dinalivro, 2015
ODY, Penelope. “O Guia Completo das Plantas Medicinais” Livraria Civilização Editora, Porto, 2000