Descrição
História: A descoberta das propriedades medicinais da urtiga remonta à Antiguidade e desde então, grandes estudiosos do universo das plantas, como Plínio, o velho, Dioscórides ou Santa Hildegarda. O seu nome, segundo se crê, ter-lhe-á sido dado pelo próprio Plínio e deriva do verbo latino urere, que significa «queimar». Quando invadiram o Norte da Europa, os soldados romanos, por exemplo, fustigavam-se com a planta para assim estimular a circulação e manter o corpo aquecido. Mais tarde, na Polónia, entre os séculos XII e XVIII, confecionava-se vestuário a partir das urtigas, que viriam a ser substituídas pela seda. Na Escócia, eram os lençóis e as toalhas de mesa que se fabricavam com a fibra da Urtiga, considerada altamente resistente. E, durante a Guerra Mundial, essa mesma fibra foi usada para fazer fardas militares.
Constituintes e Propriedades: A planta é rica em diversas vitaminas (A, B2, B5, C e E), e em sais minerais, como, por exemplo, ferro, cálcio, cobre e magnésio. Graças ao seu teor de zinco, a Urtiga apresenta uma multiplicidade de aplicações medicinais: fortalece os tecidos das vias urinárias, da próstata e da bexiga, ao mesmo tempo que aumenta a quantidade de células vermelhas no sangue. É extremamente útil nos tratamentos contra a queda de cabelo e as unhas quebradiças. É diurético, estimulando a produção da urina e a eliminação do acido úrico, o que explica, aliás, o seu uso frequente em casos de artrite e de gota.
Hemostático e adstringente, é excelente para estancar menstruações abundantes, e reduz as dores menstruais bem como hemorragias internas e externas, em especial hemorragias nasais. Anti-inflamatório, é também benéfico no combate aos problemas crónicos da pele. Tonifica ainda o fígado e todo o aparelho digestivo, ajudando a cicatrizar as ulceras do estômago e dos intestinos e alivia as hemorróidas. Equilibra o sistema hormonal e reprodutor, enriquece o sangue e amplia a capacidade de as células.
Raiz: Tradicionalmente utilizada como condicionador para o cabelo, a raiz tem sido confirmada por pesquisas recentes como eficaz no controlo do crescimento benigno da próstata.
Infusão: 4 colheres de chá para 1 litro de água fervida e deixar repousar cerca 5 a 10 minutos.
Bibliografia: BOTELHO, Fernanda. “Uma mão cheia de plantas que curam”. Dinalivro, 2015