Descrição
História: A calêndula era apreciada pelos egípcios e pelos gregos para fins não só medicinais, mas também religiosos, à semelhança do que ocorria – e ainda ocorre – em outras partes do mundo. Na Índia, por exemplo as maravilhas eram frequentemente utilizadas durante a celebração dos rituais sagrados e integravam as grinaldas que decoravam as estátuas dos deuses. No México, são um exemplo importante entre 31 de outubro e 2 de novembro, na comemoração do Dia dos Mortos, durante a qual são comumente usadas em conjunto com os cravos-túnicos (Tagetes spp.), o que acontecia igualmente na Índia. Na Idade Média, as calêndulas eram vendidas nos mercados em grandes sacos, secas e a peso.
Com elas, confeccionavam-se guisados, sopas e bebidas, bem como poções mágicas para atrair potenciais noivos. Acreditava-se ainda que sonhar com maravilhas trazia boa sorte.
Constituintes e Propriedades: A calêndula contém carotenóides, resinas, óleo essencial, flavonóides, esterol, saponinas e mucilagem. Sob a forma de infusão, compressas, pomada ou óleo, as suas flores curam e aliviam todo o género de problemas cutâneos, como a psoríase, a acne, as queimaduras, as picadas de insectos, o pé de atleta e a irritação provocada nos bebés pelas fraldas. São igualmente úteis em caso de mamilos gretados, porque aceleram o processo de cicatrização. Anti-inflamatória, antifúngica e antiviral, a calêndula constitui também um adstringente capilar, sendo por isso mesmo, eficaz no tratamento de feridas, de varizes e de úlceras internas e externas. Devido ao seu alto teor de mucilagem, a planta protege as paredes interiores dos órgãos, prevenindo, desse modo, a formação de úlceras no estômago e no intestino. Em tisana ou em gargarejos, combate as dores de garganta, as inflamações das gengivas e as amigdalites, sobretudo se for combinada com salva (Salvia Officinalis). Além disso, ajuda a baixar a febre e a tratar conjuntivites, especialmente nos bebés. O seu uso é ainda muito frequente quando se deseja superar problemas ginecológicos, como é o caso da menstruação dolorosa e abundante, do fungo candida albicans ou dos tumores e quistos nos ovários.
Culinária: Ainda hoje conhecida como o açafrão dos pobres, a calêndula pode ser utilizada tanto na confecção como na decoração de numerosos pratos, conferindo-lhes uma coloração amarela. É comum encontrá-la nas receitas de saladas e de arroz, mas também pode ser um ingrediente de sobremesas de bolos, como acontece com alguns scones.
Ainda hoje conhecida como o açafrão dos pobres, a calêndula pode ser utilizada tanto na confecção como na decoração de numerosas pratos, com a coloração amarela.
Preocupações: Grávidas e lactantes.
Utilização/Infusão: 4 colheres de chá para 1 litro de água fervida e deixar repousar cerca 5 a 10 minutos.
Bibliografia: BOTELHO, Fernanda. “Uma mão cheia de plantas que curam”. Dinalivro, 2015
